quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Autismo no Microscópio

 


O que artigos "cientificos" sobre Autismo publicados pela imprensa, geralmente interpretados errado, ou distorcidos pela própria imprensa, e geralmente de "pesquisadores" obscuros de universidades sem renome e publicados em revistas científicas fajutas, sem credibilidade nenhuma, picaretas mesmo, que são a esmagadora maioria dos "artigos científicos" que circulam nas comunidades de Autismo do face, tem a ensinar 'as Mães e Pais de Autistas, e a Autistas própriamente ditos, especialmente certos Autistas Ativistas, que só se informam destas fontes duvidosas de credibilidade científica zero, afinal?
Sim, estes artigos mesmos, todos patologizantes, espectristas, reducionistas, infantilizadores, estigmatizantes!
Eles ensinam os pais a amar e incluir seus filhos da maneira ERRADA ! Ensinam a incluir seus filhos como se eles fossem doentes, e portassem transtornos, síndromes, desordens, disfunções,deficiências, déficits,ensinam a superproteger e limitar os filhos, ensinam a não acreditar nas capacidades e potenciais dos filhos, ensinam a fazer tudo para o filho no sentido de fazerem tudo o que o filho precisaria fazer no lugar do filho sem deixar o filho fazer absolutamente nada sozinho. Ensinam a odiar um diagnóstico, e, muito pior, ensinam a odiar uma Natureza de Ser beliíssima e sensível, ensinam a só amar aos filhos se os filhos forem do jeito que os pais , os médicos e a sociedade quiserem que sejam, não como os filhos realmente são, colocam um condicional a frente do amor dos filhos. Não, isto não é culpa dos pais e mães, estes artigos populares e os médicos adeptos deles é que são péssima influência para os pais e ensinam tudo errado para os pais, que, leigos, acreditam na "autoridade dos Doutores", mesmo por que não veem outra saída, já que nenhuma outra lhes é oferecida. Com isto, estes artigos também ensinam a infantilizar os filhos autistas e os manter artificialmente defendentes pelo resto da vida, carimbando um "severo" na frente deles.Quando na verdade, severo mesmo é o julgamento de tribunal de Inquisição que estes doutores e a Sociedade fazem destes Autistas, julgando ao invés de compreender.Amar um filho ou uma filha é aceitar o filho ou a filha do jeitinho que eles são, com seus comportamentos autísticos, com suas qualidades e defeitos, não como se fossem doentes, coisa que eles e elas não são.Incluir tem de ser do modo certo. Incluir como doente não é incluir, é excluir, marginalizar, tirar de circulação, segregar, isolar, ESTIGMATIZAR. É preciso incluir de igual para igual, com direito a participação e voto e a ser levado(a) a sério, tratando adultos como adultos, não como se fossem eternas crianças, pois incluir também é respeitar.
Por outro lado, o que a Visão Positiva do Autismo e a Neurodiversidade tem a ensinar 'as Mães e Pais de Autistas é muito mais saudável, concreto e real, ensinando eles a amar os filhos do jeitinho que são, dar muito mais importãncia 'a Natureza Autística do que a diagnóstico, ensinando-os a criar os filhos desde pequeninhos com educação voltada para a autonomia,independência e liberdade, a fazer tudo pelos filhos sem ficar fazendo tudo para os filhos, no lugar deles, ensina e estimula a acreditar, apostar, investir nas capacidades e potenciais dos filhos e a realizar os sonhos dos filhos e obter a felicidade e realização dos filhos.Ensina a amar o Autismo dos filhos, pois isto é parte natural de aceitar os filhos como eles realmente são e , portanto, amar o Autismo é uma forma de amar aos filhos, por que assim se ama o que os filhos são e como são e se comportam (Autismo como Natureza de ser) e não a um diagnóstico que teima em tentar convencer aos pais que os filhos sejam doentes.Tem gente que, quando se fala de Autismo, pensa automáticamente (e responde neste mesmo tom)que se esteja falando do diagnóstico do Autismo, nem lembra ou sabe que Autismo é uma Natureza , não um diagnóstico, e que o diagnóstico é só uma simples constatação do que há muito já existia muito antes do diagnóstico sair. A Natureza Autistica tem a dimensão (e importãncia) de um universo inteiro , enquanto o diagnóstico de Autismo tem a dimensão (e a importãncia) de um dedal, ou um dado, ao ser confrontado com a importãncia e dimensão da Natureza Autística.Ver o Autismo só como um diagnóstico é tentar ver um universo através de um microscópio, de tão tacanho e minúsculo que isto é, de tão estreito que isto é.Estas pessoas não tem idéia da imensidão e harmonia sinfônica e belíssima do Autismo, talvez esteja mesmo além, muito além do alcance de seus microscópios, jalecos e diplomas nas paredes, que é só até onde conseguem ir suas mentes tão acanhadas e microscópicas, tais pessoas nunca conseguirão ter idéia das galáxias que se estendem para além de suas bolhas de sabão dentro das quais vivem, ignorando a vastidão e beleza esplêndida da Realidade...
 
 
Cristiano Camargo

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