sábado, 16 de março de 2019

A dificuldade de interação é do Neurotípico, não do Autista

Não existem dificuldades de interação da parte do Autista, existe a dificuldade do neurotípico em aceitar as diferenças e insistir em interagir exigindo que o Autista se comporte como se fosse neurotípico para interagir, o que é errado, não é o Autista quem tem de se adaptar ao neurotípico para entendê-lo e poder interagir com ele, éo neurotípico quem tem que aceitar as diferenças, compreendê-las (mas não como se estas fizessem o Autista inferior ao neurotípico,o que NÃO É verdade) e se adaptar ao modo de ser do Autistae buscar algum nível de compatibilidade.Então , se existe alguma dificuldade de interação social de Autistas com neurotípicos, a dificuldade que existe de interaçãoé a do neurotípico, afinal, neuirotípicos tem grande facilidade de interação com neurotípicos, a ponto de pressucor , e esperar do Autista, e de todos com que interage, aquele comportamento neurotípico que ele já conhece. É uma limitação, uma barreira neurotípica a ser superada,;sair da zona de conforto e comodismo, parar de ter espectativa de comportamento neurotípico dos Autistas,e se lançar a novos experimentos, novas formas de ver o mundo e de pensar o mundo, umnovo raciocínio, diferente, que se traduza numa linguagem diferente, que sirva de inteface entre ele /ela e o/a Autista.Enquanto neurotípicos não se amadurecerem neste sentido e nãodeixarem ego, vaidade eorgulho para trás, e não tentarem quebrar a barreira da espectativa neurotípica, esta dificuldade de comunicação vai existir. E pq o Autista não deveria fazer a mesma coisa?Pq o diferente é ele, a maioria é o neurotípico e quem tem de incluir é o neurotípico, e, inclusive, muitos autistas tentam ajudar neurotípicos a quebrar esta limitação e esta barreira, esta forma de incompreensão, masmuitas vezes não são compreendidos e os neurotípicos não conseguem identificar estas tentativas, básicamente pq estão ocupados tentando inútilmente arrumar uma maneira deo Autista se comunicar e interagir de forma neurotípica, esquecendo-se das diferenças.

Cristiano Camargo

Nenhum comentário:

Postar um comentário