Neurodiversidade: É uma corrente de pensamento elaborada por Autistas Maduros de todo
o Mundo que prega os seguintes preceitos a serem adotados como mentalidade
pelas pessoas que lidam com o Autismo, com Autistas, e de pesquisa, para a
Ciência:
1)
A divisão entre Neurotípicos e
Neurodiversos.
Básicamente, as pessoas que se
auto intitulam “normais” tem um cérebro típico que é o mais comum na
Humanidade.Porém, existem pessoas, como os Autistas, que tem, no nível celular,
invisível a olho nu, uma estrutura , uma arquitetura cerebral diferente da
presente no cérebro das pessoas que se autointitulam “normais”:são os chamados
“neurodiversos”.Revisando e resumindo, portanto: Neurotípicos são aqueles que possui um cérebro de tipo e arquitetura cerebral comum, dominante, e que se auto-intitulam "normais". Neurodiferentes ou Neurodiversos são aqueles que possui um cérebro de tipo e estrutura diferentes a nível celular, são, portanto, neurológicamente diferentes/diversos do tipo de cérebro predominante numéricamente na sociedade humana., como o Autistas/Aspergers.
2)
Da Saúde da Diferença:
Estas diferenças
cerebrais na estrutura e arquitetura não são um desvio do padrão normal, mas um
novo padrão, portanto não podem ser encaradas ou estudadas como se fossem
doenças, prejuízos, transtornos, desordens, disfunções, etc.
3)
A incomparadilidade dos padrões:
Atipia para a Neurodiversidade é
um mito.Portanto a rejeita.A Neurodiversidade é bem clara no que diz respeito a
imcomparabilidade dos padrões, já que, ao propor mais de um padrão e rejeitar e
eliminar o método científico clássico de se usar um padrão para se calcular seu
desvio, e eleger este padrão como referência com a qual tudo o mais será com
ela comparado,e salientar que existe mais de um único modo correto de ser fazer
as coisas, a Neudiversidade propõe que estes diversos padrões se equivalham,
tenham a mesma importância e assim, não possam nem devam (moralmente inclusive)
ser comparados.
4)
Extinção das hierarquias, graus e
espectros:
A Neurodiversidade entende que,
já que todos os tipos humanos são iguais em direitos e diferentes em suas
particularidades a serem respeitadas,e que os padrões são equivalentes em
importância e incomparáveis entre si, não existe mais razão para se manter uma
graduação, uma classificação hierárquica de tipos baseadas em espectros que são
por sua vez baseadas em graduações de severidade/gravidade, inclusive por que a
Neurodiversidade, ao mostrar que as Diferenças são positivas em si ,saudáveis e
não concorrentes com o padrão eleito pela Sociedade, mas paralelas,portanto não
são doenças,muito menos sujeitos 'a medições com o método do desvio-padrão,mostra que os
termos “severidade/gravidade” no sentido patológico/médico não se aplicam
aos neurodiferentes, por exemplo, os Autistas.
Cristiano Camargo
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