Súmula:
Muitas e muitas vezes vocês me viram aqui
defendendo a Neurodiversidade e dizendo,
com veemência que tal artigo,
tal postagem no Facebook ,etc, ferem ou mesmo contrariam as regras da Neurodiversidade. Porém, nunca
expliquei o que ela é, e como ela se aplica ao Autismo. E por que ela é
basicamente subversiva ao modelo científico tradicional.
Então este será o tema de hoje. Vamos aplicar o
conceito da Neurodiversidade ao Autismo e mostrar por que ela é tão importante
e por que ela deve ser aplicada pelos pesquisadores nos seus artigos e
pesquisas sobre o Autismo.
Das Origens e conceito de Neurodiversidade
Citando o Wikipédia:
Neurodiversidade é uma idéia que afirma que
o desenvolvimento neurológico atípico (neurodivergente) é uma diferença humana
normal, que deve ser tolerada e respeitada como qualquer outra diferença
humana. O conceito de neurodiversidade é abraçado por alguns indivíduos autistas e
pessoas com condições conexas, que consideram que o autismo não é uma doença,
mas uma parte da sua identidade, de modo que “curar” as pessoas autistas seria o mesmo que destruir
os seus personagens originais.
Já segundo
Francisco Ortega, Professor adjunto do Instituto de Medicina Social da UERJ, “...o
movimento da neurodiversidade organizado basicamente por autistas chamados de
alto funcionamento que consideram que o autismo não é uma doença a ser tratada,
mas uma diferença humana, a qual deve ser respeitada como outras diferenças. O
movimento da "neurodiversidade" deve ser inserido em um marco
sociocultural e histórico mais amplo que incorpore o impacto crescente no
imaginário cultural dos saberes e das práticas neurocientíficas com o paradigma
do sujeito cerebral e a expansão da neurocultura...”
Ainda de acordo com este pesquisador, em seu
artigo científico “ O sujeito cerebral e o movimento da Neurodiversidade” , é
desvendada a origem do movimento da Neurodiversidade:
“...O termo neurodiversidade foi cunhado pela socióloga australiana e
portadora da síndrome de Asperger Judy Singer, em 1999, em um texto com o
sugestivo título de Por que você não
pode ser normal uma vez na sua vida? De um "problema sem nome" para a
emergência de uma nova categoria de diferença (Singer 1999)...”
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