sexta-feira, 22 de março de 2019

Autismo e Glifosato- Uma relação inexistente



Esclarecendo de uma vez por todas a questão Autismo-Glifosato:

Stephanie Sennef, a autora desta teoria absurda que tenta relacionar o Autismo ao agrotóxico Glifosato, é cientista da área de Computação pelo MIT, não é neurocientista, não entende bulhufas de genética molecular, nem psiquiatria e nem de nenhuma área científica relacionada 'a pesquisa sobre o Autismo. Ou seja, não entende nada de Autismo.
Ela está errada. É uma picareta, uma falsa cientista, pq comete a falta de ética extrema de se meter em um campo da Ci~encia em que ela não trabalha, não conhece, não domina,nada sabe, e está usando o Autismo e o Glifosato para se auto promover mundialmente.
Nenhum(a) cientista de verdade, honesto(a) e profissional daria crédito a uma pesquisa fajuta que nem em revistas científicas de porte e respeito como Science e Nature saiu.Não há, nem nunca houve, nem nunca haverá relação do Glifosato com o Autismo.Não existem "causas" para o Autismo, ele é transmitido genéticamente, não desencadeado por nenhuma substãncia, tanto que Autistas sempre existiram , mesmo muito antes da invenção do glifosato. Claro que o Glifosato causa muitas doenças, mas: 1)Autismo não é doença, 2)Ele não causa mutações genéticas complexas- e põe complexas nisto, pq as modificações necessárias para que uma pessoa nasça autista envolvem nada menos do que 2.000 genes- todos da parte não codificante do genoma, ou seja, imunes 'a alterações causadas por substâncias estranhas ao corpo. Ela então que vá estudar Genética Molecular antes de falar bobagens !
 
Cristiano Camargo

terça-feira, 19 de março de 2019

Não 'a Intervenção e Manejo de Autistas


Intervenção. Usa-se muito este termo quando se fala de Autismo, especialmente quando se fala em modalidades de acompanhamento clínico de Autistas.
Intervenção. Mas como este termo soa DITATORIAL, AUTORITÁRIO, não?
É de uma arrogãncia sem par, pois parte do pressuposto de que o/a interventor(a) seja melhor, superior a quem está sofrendo a intervenção.E parte do pressuposto também de que o interventor esteja correto e seja sadio e perfeito e de que o outro é imperfeito, inacabado,doente, inferior e o interventor "bonzinho e piedoso", com dó do outro, resolve ajudá-lo...a ser como o interventor quiser !
Sabem aquela conversa para boi inglês ver e dormir, de que "Autistas sejam diamantes brutos a serem lapidados?"
Pois é, isto se chama manipulação, maniqueísmo, chama-se intervir no Autismo para manipulá-lo, para que o Autista fique e se comporte como o Interventor quiser, se comporte como o Interventor quiser, tenha as mesmas opiniões e visão de mundo que o Interventor tem, seja dócil, obediente e submisso ao Interventor e fique dependente dele, sob seu jugo- para sempre !Sim, é um adestramento, exatamente como se o Autista fosse um miquinho de circo, um cão ou outro bichinho de estimação.Ah, mas a intervenção é feita com amor e carinho!
Sim, os donos também tem amor e carinho por seus animais de estimação- desde que estes não se revoltem e não se voltem contra eles. Aí estes donos defendem a prisão e a morte.
Então, se o Autista não aceitar o adestramento intervencionista, sempre tem alguém sugerindo o eletrochoque, a camisa de força , a internação em hospício, a dopação com toneladas de drogas psiquiátricas...
Os que defendem intervenções clínicas em Autistas já pressupõem que a "inclusão" dos Autistas se dê com a condição de que eles se transformem em (ou se comortem como se fossem) neurotípicos-ou devem ser excluídos e marginalizados, e que a "inclusão" seja como os Autistas como bichinhos de estimação dos neurotípicos , sendo "muito amados" por eles, mas inferiorizados.
Não 'a toa, muita gente que usa o termo "intervenção nos Autistas" também usa o termo "manejo", afinal, para interventores, nós Autistas não passamos de gado manipulado, não?Eles acham que somos gado ou objetos deles para eles nos manejarem, ou seja, manipularem 'a vontade deles.
Só que isto é desumano, é cruel e é um desrespeito ao Autismo e aos Autistas.
Quando você intervem, você está interferindo autoritáriamente (ou enganando para obter concordãncia) na vida da pessoa, na Natureza de Ser dela, no que ela é, no como ela é, e está querendo influenciar em tudo nela, é uma forma de aculturamento, de apropriação cultural e mental.
Ninguém dá o direito a neurotípicos se acharem modelos de perfeição para os outros e impor seus padrões, seus critérios, sua Natureza de Ser, seu comportamento.Desculpem, mas neurotípicos não são exemplo nem modelo para ninguém, afinal, só para citar um exemplo, o nazismo foi uma invenção neurotípica, não autista.Quem são vocês para nos guiarem para suas estradas e seus destinos, se nem calçam nossas sandálias?
Quando vocês interventores(as) pensam em intervenção, vocês pensam que estão agindo para o que pensam ser o nosso bem. Mas na verdade não sabem o que nós pensamos ser o nosso bem.Ou o que pensamos não vale só por sermos Autistas e então não deveríamos ser levados a sério?
Já nos perguntaram o que nós consideramos nosso bem e o que queremos?Ou não temos vontade própria?
Neurotípicos tem o direito de pensar em nosso lugar, por nós?
Intervenção não. Intervenção significa que só vocês tenham a ensinar e nós não, nada a vocês. E isto não é verdade.
O fato é que relacionamentos precisam ser espontãneos e de mão dupla. e acompanhamentos clínicos são uma forma de relacionamento (profissional) e assim, tem de ser baseado no respeito 'as diferenças e partir da premissa de que se quer aprender as diferenças e aceitá-las como são.Então, nada de Intervenção, nada de Manejo, nós temos o mesmo direito 'a dignidade que vocês, e temos orgulho, ego e amor próprio tanto quanto vocês.Nossos comportamentos devem ser entendidos e aceitos como naturais e diferentes, não como inferiores ou doentes, não "corrigidos". Acompanhamentos clínicos são, ou ao menos deveriam ser, um exercício de humildade, de tentar calçar nossas sandálias e tentar conhecer os nossos caminhos que oferecemos mostrar a vocês.De repente, o nosso destino a ser alcançado pode ser mais bonito e interessante do que aquele que vocês queriam para nós, que nós seguíssemos-uma viagem ' fronteira final, aos confins do universo da Mente Humana.
Somos gente, não pacientes. Somos gente , não diagnósticos .Somos gente , gado manipulável. Somos gente, não massa de maobra. Somos gente, não animaiszinhos de estimação.Somos nós Autistas tão humanos quanto vocês, tão naturais quanto vocês, não somos aberrações a serem estudadas em laboratório, muito menos cobaias.Chega de intervenções, chega de manejos, reconheçam nossa humanidade, nossa naturalidade, nossa diversidade, não somos ET´s, somos aqui da Terra mesmo. Só queremos ter nossas diferenças respeitadas e fazer parte da Sociedade com o mesmo status que vocês tem.Por tanto estigma, por tanto preconceito, por tanta discriminação que já passamos em nossas vidas, é justo, nós merecemos. E agradecemos a compreensão de vocês.

Cristiano Camargo

sábado, 16 de março de 2019

Autistas não tem perversão !

Logo após a divulgação do horripiliante e absurdo assassinato em massa na escola de Suzano, um psiquiatra veio as redes sociais tentando atribuir o Autismo aos moleques assassinos, instigando a população leiga contra o Autismo e contra o Autismo, acusando-o de algo que ele não tem, nem é. E não é um caso isolado, a cada vez que ocorre uma chacina, alguém tenta associar os assassinos a o Autismo. Podem reparar, sempre aparece um fazendo estas acusações infundadas e sem comprovação científica nenhuma ! Isto, meus amigos e minhas amigas , é coisa de pseudo "profissionais" psicofóbicos e preconceituosos, com uma profunda visão patologizante do Autismo, que fazem uma sórdida campanha de difamação do Autismo e dos Autistas !É incrível que a cada vez que ocorre um assassinato individual ou em massa, uma campanha de difamação do Autismo destas é deflagrada! Entendem agora, meus amigos e minhas amigas, a importãncia da Imagem Pública Positiva do Autismo?Entendem agora a importãncia da Visão Positiva do Autismo e da Neurodiversidade?Entendem agora como é importante considerar o Autismo como uma Diferente Natureza de Ser , que faz parte da Diversidade Natural da Humanidade ao invés de achar que seja uma doença, uma desordem/disfunção/síndrome/perturbação/condição/deficiência mental, etc? Amigos e amigas,, enquanto as pessoas pensarem assim do Autismo e o verem assim, como se autistas fossem pessoas doentes que precisassem de "tratamento/correção", vão continuar a associar Autismo 'a psicopatia, 'a vilania, ao assassínio, a serial killers.E duvido que qualquer pai ou qualquer mãe queiram que seus filhos autistas sejam taxados de psicopatas e/ou potenciais assassinos pelas pessoas, pela sociedade e virem suspeitos prioritários pela polícia!Vcs, como pais e mães de Autistas, tenho certeza absoluta que não querem este estigma, esta alcunha tão cruel para seus filhos e suas filhas ! Então, vamos parar de falar de falar em espectro, em disfunção, em desordem, em condição, em síndrome, em perturbação, em deficiência mental, qdo falar de Autismo, e espalhar aos quatro ventos o conceito de Autismo como Diferente Natureza de Ser, do Autismo como sendo apenas mais uma das tantas diversidades naturais da Humanidade, vamos naturalizar o Autismo e devolver sua humanidade, que a visão patológica e patologizante do Autismo tirou e que tanto prejuízo trouxe e traz aos Autistas! É imprescindível que sejamos vistos com bons olhos pela Sociedade, ou nunca seremos aceitos, muito menos inclusos, na sociedade!Autismo não é para ser algo undergroud, restrito aos subterrãneos da Humanidade, nem para ser considerado algo a ser encerrado nas catacumbas da Humanidade, afinal, diferente do que estes moleques que fizeram esta chacina absurda, Autismo não é perversão!Não existe perversidade, crueldade , más intenções nos Autistas, não existe prazer no sofrimento alheio, ou em matar, no Autismo. Não existe falta de arrependimento ou falta de remorsos, muito menos falta de sentimentos, emoções ou de empatia nos Autistas, consequentemente no Autismo.Autistas nunca são desumanos. Autistas são pessoas, são gente, não monstros, não diagnósticos ambulantes frios ! Não existe sadismo no Autismo- muito menos masoquismo, aliás. Autistas não são santos-mas também não são demônios. São Humanos.Seres Humanos dignos !Há uma honestidade e sinceridade de ser intrínseca ao Autismo que não existe nestes moleques que brincaram de sair matando.E que se tivessem sobrevivido, iriam para a cadeia rindo e contando vantagens.Somos muito diferentes disto, não confundam as coisas.Achar que só pq uma pessoa é quietona e pouco se relaciona com outras, preferindo curtir seu próprio interior,e pq a pessoa prefere a solitude e é mais contemplativa, introvertida, tímida, que isto autorize que as pessoas a acusem de seem sociopatas, psicopatas, assassinos, serial killers em potencial, isto é preconceito, é discriminação, é uma ignorãncia mal intencionada pela falta de caráter. Pq é preciso ser muito mau caráter para acusar Autistas de genocidas e serial killers, de maníacos aloprados, e querer condenar inocentes que não querem outra coisa que não seja serem deixados em paz para serem eles mesmos e viverem suas diferenças em paz.Vamos acabar com estas campanhas de injúria e difamação contra o Autismo e os Autistas, e abraçar a Neurodiversidade, pois só se inclui acolhendo dentro de si as Diferenças, não xingando-as, acusando-as sem provas, nem as desqualificando , muito menos as patologizantes. Pois a realidade infelizmente é cruel: ninguém inclui quem considera doentes, muito menos inclui a quem se teme.As pessoas precisam parar de ter medo do Autismo e dos Autistas.Não somos ruins,não somos maus, viemos em paz e para a paz.Nos aceitem como somos, pois nós os aceitamos como vocês são, apesar de tudo que muitos de vcs nos acusam e fazem contra nós.Autistas não existem para serem manipulados, nem serem estigmatizados, alcunhados, nem marignalizados em hospícios, presos em celas acolchoadas, envoltos em camisas de força, recebendo eletrochoques, nem dopados com toneladas de remédios psiquiátricos.Não somos o que um ramo corrupto da Psiquiatria nos vê e quer fazer conosco.Somos melhores do que o conceito que muita gente tem de nós. Enquanto as pessoas verem o Autismo com o véu distorcedor do diagnóstico na frente de seus rostos, não sendo capazes de nos ver como seres humanos e não com diagnósticos ambulantes com perninhas e bracinhos, campanhas de difamação e injúria como estas continuarão a pipocar e as pessoas acreditarão nelas a ponto de um dia no futuro, picharem em nossas testas a palavra "assassino", e nos denunciarem 'a polícia e hospícios, e mães e pais verão seus filhos arrastados 'a força para o isolamento, a restrição da liberdade e a morte.Não é este o futuro que queremos,e não é este o futuro que vocês mães e pais querem para seus filhos autistas. Vamos abrir nossos olhos para a Visão Positiva do Autismo e a Neurodiversidade e construirmos juntos uma imagem pública positiva para o Autismo, pois assim, nós Autistas seremos bem vistos e benquistos pela sociedade e vcs mães e pais,terão mais paz e felicidade, pois a felicidade dos filhos faz a felicidade dos pais.E não tem como alguém se desenvolvere amadurecer saudávelmente alcunhado eestigmatizado a vida inteira por gente que os considera potenciais assassinos,acreditando piamente em mentiras, fake news e campanhas sórdidas de difamação, estas sim, patológicas !

Cristiano Camargo
Cristiano Camargo

A importãncia de evitar a infantilização do Autismo

  Um ponto que sempre  me chamou a atenção em muitas postagens nas redes sociais e que preciso esclarecer, é a infantilização do Autismo. Muitas postagemnssimplesmente ignoram que existam Autistas adolescentes, adultos e até senis.E eles não são minorias nem casos isolados, por que todo Autista, como todo ser humano, cresce e se torna adulto,envelhece.E existem muitos, muitos adultos e idosos autistas por aí. Então, não se deve direcionar posts sobre Autismo somente aos pais de crianças autistas, mas também aos pais de adultos e adolescentes autistas e aos próprios autistas adolescentes, adultos, idosos.Inclusive por que , colocar como se todo autista fosse criança, pode fazer com que leigos achem que só crianças sejam Autistas e que se é adolescente, adulto ou idoso não é Autista, o que é uma idéia equivocada e absurdo.Na minha opinião, crianças autistas tem atenção demais das comunidades de Autismo e adolescentes/adultos/idosos Autistas não tem quase nenhuma, o que é uma injustiça.
É sem dúvida um estereótipo muito comum e que precisa urgentemente ser combatido !

Cristiano Camargo

A dificuldade de interação é do Neurotípico, não do Autista

Não existem dificuldades de interação da parte do Autista, existe a dificuldade do neurotípico em aceitar as diferenças e insistir em interagir exigindo que o Autista se comporte como se fosse neurotípico para interagir, o que é errado, não é o Autista quem tem de se adaptar ao neurotípico para entendê-lo e poder interagir com ele, éo neurotípico quem tem que aceitar as diferenças, compreendê-las (mas não como se estas fizessem o Autista inferior ao neurotípico,o que NÃO É verdade) e se adaptar ao modo de ser do Autistae buscar algum nível de compatibilidade.Então , se existe alguma dificuldade de interação social de Autistas com neurotípicos, a dificuldade que existe de interaçãoé a do neurotípico, afinal, neuirotípicos tem grande facilidade de interação com neurotípicos, a ponto de pressucor , e esperar do Autista, e de todos com que interage, aquele comportamento neurotípico que ele já conhece. É uma limitação, uma barreira neurotípica a ser superada,;sair da zona de conforto e comodismo, parar de ter espectativa de comportamento neurotípico dos Autistas,e se lançar a novos experimentos, novas formas de ver o mundo e de pensar o mundo, umnovo raciocínio, diferente, que se traduza numa linguagem diferente, que sirva de inteface entre ele /ela e o/a Autista.Enquanto neurotípicos não se amadurecerem neste sentido e nãodeixarem ego, vaidade eorgulho para trás, e não tentarem quebrar a barreira da espectativa neurotípica, esta dificuldade de comunicação vai existir. E pq o Autista não deveria fazer a mesma coisa?Pq o diferente é ele, a maioria é o neurotípico e quem tem de incluir é o neurotípico, e, inclusive, muitos autistas tentam ajudar neurotípicos a quebrar esta limitação e esta barreira, esta forma de incompreensão, masmuitas vezes não são compreendidos e os neurotípicos não conseguem identificar estas tentativas, básicamente pq estão ocupados tentando inútilmente arrumar uma maneira deo Autista se comunicar e interagir de forma neurotípica, esquecendo-se das diferenças.

Cristiano Camargo

quarta-feira, 6 de março de 2019

Autismo- Agrsssividade nunca vem do nada



As pessoas que mais tem problemas de relacionamento com Autistas, são as pessoas que são autoritárias , impacientes, ansiosas , neuróticas e/ou estressadas por natureza.Autoritarismo não funciona com Autistas. E não adianta estas pessoas me pedirem dicas para os Autistas as obedecerem.Não adianta pq o problema não está no comportamento do Autista- que frequentemente recebe (mal) a ansiedade , o stress, o nervosismo e a neurose que estas pessoas transmitem a ele sem nem mesmo perceber, está na pessoa que lida com ele. Quando esta pessoa aprender a deixar de ser autoritária, e evitar de transmitir a ele sua impaciência, seu nervosismo, seu stress, sua neurose, o Autista vai mudar seu comportamento para mais calmo e solícito.Para muitos Neurotípicos, é difícil controlar seu ímpeto de autoritarismo (mexe com o ego ) e sua impaciência e ansiedade.É preciso lembrar: a cada vez que se levanta a voz, perde-se o respeito de quem ouve.E nunca é demais lembrar que Autistas são muito sensíveis, entendem tudo (embora muitas vezes guardem para si ao invés de se expressar) e, sobretudo, são verdadeiras esponjas de absorver emoções, ansiedades, impaciências, nervosisimo-é impossível esconder ou disfarçar seu estado emocional ele, ele VAI perceber; e seu comportamento perante ele VAI se transmitir e passar para ele, vc queira ou não, mesmo que vc não queira, vai transmitir.É difícil até para mim dizer como percebemos o que as pessoas escondem, mas percebemos, é fato.E o fato de nem sempre contarmos ou expressarmos o que nos foi transmitido e/ou o que sentimos, nossa reação, torna as coisas ainda mais complexas para os Neurotípicos. Isto sem falar que muitas vezes , nos sentimos mal, mas não queremos expressar na frente da pessoa, e descarregamos todo nosso estado emocional qdo ninguém está olhando.Por quê?Por receio da imprevisibilidade humana em suas reações, especialmente se a pessoa for autoritária e agressiva.Outros de nós "a ficha demora a cair", e quando cai, cai de vez, muitas vezes dias, semanas, meses e até anos depois do acontecido, por isto é que parece que o Autista ficou agressivo "do nada".Não foi do nada, muitas vezes foi uma provocação que aconteceu há muito tempo atrás.E se as razões para a revolta se repetem com frequencia, os surtos vão ficar frquentes. Portanto, vale a dica: o comportamento autístico muitas vezes é um reflexo do comportamento de quem lida com ele.Vale lembrar: não me refiro só a pais e mães, mas a irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, professores, terapeutas, etc.

Cristiano Camargo