Amar seu próprio Autismo é amar a si mesmo(a). Quem não ama seu
próprio autismo não se ama,nem se aceita, não aceita a realidade de quem
é !Se a pessoa quer ser outra quem não a si mesma, tem um problema
sério de auto estima a resolver.A maior perversidade da visão patológica
do Autismo da Sociedade, é que ela induz a quem é Autista a se rejeitar
a si mesmo(a) e querer ser neurotípico, qdo sabe que jamais o será. A
Sociedade tem culpa por isto. É a Sociedade, com suas pressões
para que todas as pessoas sejam e se comportem como se fossem
neurotípicas que é a culpada por seus preconceitos , intolerãncias e
estigmas contra o Autismo e os Autistas, e por levar os Autistas a tal
comportamento, não o Autismo. Se alguém tem de ser levado a júri para
ser julgado pela Sociedade , este alguém não é o Autismo, nem os
Autistas e sim, a própria Sociedade! Induzir as pessoas 'a
auto-rejeição, 'a baixa auto estima, 'a baixa auto confiança, 'a
angústia e 'a depressão, por mero e puro capricho de propósito, como a
Sociedade faz com os Autistas, deveria ser crime, pois crueldade já é !
sexta-feira, 31 de março de 2017
sexta-feira, 24 de março de 2017
Autismo: A questão do Toque e do Abraço
Autismo:
A questão do toque e do Abraço
Muitos pais e mães ficam frustrados(as) por
seus/suas filhos(as) Autistas muitas vezes rejeitarem o abraço ou mesmo o toque
deles. E não só deles: de outros parentes, visitas, vizinhos, colegas, outros(as)
crianças/adolescentes/adultos também, e ficam se perguntando: Por quê?
A resposta muito por decerto não será uma só,
padronizada, como muita gente gostaria, mas muitas, pois o Autismo é
imensamente variável e em consequência, os Autistas, idem, ou seja, não é
possível, nem desejável, generalizar, pois nenhuma resposta será, honestamente,
aplicável a absolutamente todos os casos.
Mas podemos sim aventar algumas hipóteses
baseadas na Neurodiversidade e na Visão Positiva do Autismo e na vivência
autística, mas é preciso lembrar
novamente que são apenas algumas
de inúmeras possibilidades e que certamente existem muitas outras, que
não devem ser descartadas.
Uma delas se refere ‘as questões da Natureza do
Mundo Interno de Fantasia dos Autistas
(abreviatura:M.I.F. em especial ‘ uma característica comum e universal do MIF: A Previsibilidade.
O MIF dos Autistas é um mundo totalmente
previsível, por que é o próprio Autista que o constrói como quer, de acordo com
sua vontade,ele que define as formas e cores de tudo, ele que define as regras
e leis que regem o mundo dele, e ele que define as personalidades dos
personagens que habitam este mundo. Então, a previsibilidade lhe dá sensação de
segurança e conforto. Só que a Realidade, pelo contrário, é, em muitos pontos,
totalmente imprevisível, em especial, o comportamento humano. Esta
imprevisibilidade, que se comporta de maneira diversa da que o Autista planejou
para ela,é assustadora, posto que desconhecida, e suas consequências potenciais
são ainda mais assustadoras, também por serem imprevisíveis e desconhecidas.
Assim sendo, o ato do abraço ou do toque, são ,
na interpretação do Autista, imprevisíveis,
especialmente se ocorrem de repente, quando ele está distraído, imerso em seus
pensamentos ou no seu MIF, ou em alguma atividade que lhe agrada, onde está
fortemente concentrado. E as consequências, também na interpretação dele,
imprevisíveis, portanto, assustadoras, dado que tudo o que é desconhecido, é
assustador.
A tendência será então o susto e a rejeição, a
insegurança do que pode vir a acontecer depois.
Então fica a sugestão aos pais e mães de, antes
de tentar tocar ou abraçar seu/sua filho/filha autista, caso se note que
ele/ela rejeita o toque /abraço,primeiro procurar , na frente dele/dela,
abraçar outras pessoas e/ou crianças (os irmãos dele/dela, por exemplo) na
frente dele/dela, e combinar com a pessoa abraçada, de ambas as pessoas que se
abraçam reagirem ao abraço sempre da mesma forma, e procurem repetir estes
abraços na frente dele no dia a dia. Com o passar do tempo e das repetições, ele/ela
gravará na mente tais reações, verá que o gesto do abraço é previsível, se
sentirá mais seguro por saber exatamente o que esperar do abraço, e tenderá
a ele/ela mesmo(a) espontaneamente pedir
o abraço e se deixar abraçar, lembrando sempre que, neste caso, deverá se
reagir ao abraço dele/dela exatamente como foi feito com as outras pessoas
antes.
Em outros casos, Autistas podem simplesmente não
gostar do toque/abraço ou mesmo o considera-lo desagradável. Se for este o
caso, o melhor é respeitar e não ficar tentando forçar toques e abraços, ou a
insistência, especialmente se sitemática, o/a poderá levar a entrar em crise.
Outra possibilidade é a de o toque /abraço
estarem interrompendo/atrapalhando a concentração dele/dela no meu MIF , nos
seus pensamentos, nas atividades que ele gosta, o que o poderá deixar irritado.
Então, nada de “grude”, vamos deixar que o “grude” seja espontâneo da parte
dele para então corresponder, e vamos evitar de ficar abraçando, tocando e
beijando quando ele/ela estiver visivelmente muito concentrado/a em alguma
coisa, nestes momentos, o que o/a Autista quer , é ser deixado(a) em paz, sem
interrupções, especialmente frequentes.
Então é isto, espero que estas dicas lhes possam
ser úteis !
Cristiano Camargo !
domingo, 19 de março de 2017
Os desafios do combate 'a Infantilização do Autismo
A imagem pública do Autismo e dos Autistas
junto ‘a sociedade, é permeada de estereótipos e generalizações repetidos ‘a
exaustão até por ativistas do Autismo nas comunidades sobre este assunto.
É passada ao público
em geral a imagem de uma criança, geralmente triste e sentada de costas e de pernas cruzadas, olhando para o além, num
ponto fixo aleatório qualquer. Quando o Autista é Adulto, muitas pessoas se
referem a ele como “eterna criança”, ou “bebezão” e quando ele se supera, ou
apenas cresce cronologicamente e fisicamente, usam a expressão “o bebezão
cresceu”.
E estas imagens
padronizadas e populares, imensamente generalistas e equivocadas, se retém com
muita força, sobretudo na mente das pessoas neurotípicas que convivem de diversas
maneiras , com autistas.
A tendência das
comuns das pessoas é achar que todos os Autistas, 100% deles, nunca crescerão,
nunca amadurecerão, nunca se desenvolverão , serão eternamente infantilizadas e
dependentes de um pai, uma mãe, um avô, uma avó, um tio, uma tia, um irmão, uma
irmã e sequer se cogita que possam vir a serem independentes, autônomos e
livres um dia.
Na maioria das
vezes, não por preconceito, mas por que os estereótipos e a imagem negativa do
Autismo, o estigma em torno dele criado pela sociedade, fica tão forte, que as
pessoas custam a acreditar que autistas possam ter capacidades, potenciais, e
possibilidades de desenvolvimento; e tudo isto é reforçado por boa parcela dos
terapeutas e pela esmagadora maioria dos tratados científicos sobre o assunto(geralmente
patrocinadas pelas Indústrias Farmacêuticas), onde a imagem pública do Autismo
consegue ser ainda pior, retratada por tais pesquisadores como doentes, portadores
de transtornos, síndromes, disfunções, desordens, perturbações, pintando assim,
para a população, uma medonha caveira do Autismo. Tal imagem é então utilizada
para tentar justificar para a Sociedade, uma suposta necessidade de que
Autistas permaneçam infantilizados, dependentes, submissos, inferiorizados, e
obedientes, sob controle.
Esta ênfase que
muitos terapeutas, em obediência aos estigmas popularizados pelos artigos
científicos,e ‘ a visão patologizante, espectrista e reducionista que estes promovem,
dão ‘a promoção proposital de um imobilismo e infantilização dos Autistas, não
se dá apenas pelo preconceito destes contra os Autistas, mas também por interesses
financeiros próprios, e propaga para seus clientes, ou seja, as famílias de
autistas, de forma muito convincente, devido ‘a aura quase divina com que tais
profissionais tem na Sociedade, uma crença forte e poderosa na incapacidade
total e na infantilização e dependência total dos Autistas.
Esta propaganda
enganosa injetada por maus terapeutas nas famílias de Autistas, já fragilizadas
pelo terror com que tais profissionais fazem nas cabeças delas, dando a elas
uma visão terrífica e temerária do Autismo, como se fosse uma sentença de morte
ou de eterna tortura, faz, depois de um tempo variável, potencializar um
mecanismo psicológico natural dos pais que é ver sua criança como se fosse
criança pelo resto da vida de sua cria. Fragilizadas e influenciadas por maus
terapeutas, as famílias passam a acreditar piamente que seus filhos serão
incapazes de tudo e qualquer coisa (até de abrir uma maçaneta de uma porta, por
exemplo) e o serão assim para sempre e passam a sofrer horrores. Buscam ajuda
nestes terapeutas, mas estes, ao invés de apoiar, aterrorizam ainda mais,
receitando remédios psiquiátricos (muitas vezes sem necessidade) e os
desestimulando a tentar qualquer superação e os estimulando a apenas manter e
administrar as coisas como estão, solicitando que estas famílias se conforme e
se resignem. Famílias que desobedecem pais terapeutas e passam a acreditar nos
potenciais e capacidades de seus filhos geralmente tem ~exito a longo prazo,
desmentindo-os na prática.
E, em meio a uma
situação já tão complexa, eis que surge o mito do “Anjo Azul”, há muito já
deveras disseminado nas comunidades de Autismo nas redes sociais!
O mito do “Anjo Azul”
é um derivativo da cultura /estereótipo/estigma infantilista já sobejamente difundida nas redes sociais e
entre as famílias de autistas.
Este mito seria uma
proposta de que autistas, especialmente as crianças, seriam eternamente ingênuos, “puros”, sem malícia, incapazes de
mentir, tamanha a sinceridade.
Mas se analisarmos psicanaliticamente
esta proposta, veremos que ela tem raízes mais profundas, nos sentimentos de
mães e pais tanto de neurotípicos, como
de autistas: o secreto desejo de que
seus filhos não crescessem e permanecessem eternas crianças, e as intensas
saudades que os pais tem, de quando seus filhos eram bebês ou criancinhas de
colo.
Esta vontade é
benévola e muito bem intencionada, e não visa, em si, prejudicar aos filhos de
maneira alguma, é algo profundo do inconsciente de pais e mães, com sua vontade
de proteção, acolhimento e derramamento de amor e carinho.
Porém, quando
afetados pela maldade desmedida de certos terapeutas, colocando para os pais
que suas crianças sejam intensamente doentes, este sentimento puro e bondoso é
potencializado para algo perigoso, danoso ‘as crianças: a superproteção.
Em si, o mito do “Anjo
Azul” propõe que, obedecendo aos princípios da visão patologizante e
infantilizadora que maus terapeutas
propagam e influenciam aos pais, a criança eternamente “pura” seja frágil,
necessitando de cuidados a vida toda , até a velhice, e eternamente dependente
e infantilizada.
Isto porque, uma
pessoa “pura”, sem malícia, é basicamente uma pessoa incompatível com a convivência
adulta e madura na sociedade. Se a pessoa não for capaz de pequenas mentiras,
detectar malícias, armadilhas e for demasiadamente sincera em situações tais
que a prejudiquem perigosamente, ela pode ser enganada, ou mesmo manipulada e
manobrada para interesses de outros, prejudicando a si mesma, caindo nos golpes
mais ingênuos. E não conseguirá se sobressair nos campos afetivos, românticos e
sexuais, pois tais campos requerem obrigatoriamente a percepção da malícia
alheia e o uso da malícia para a conquista de seus objetivos. E pior, torna a
pessoa vítima de abusadores(as), estupros , e aproveitadores(as) sexuais.
Então, malícia e
pequenas mentiras/omissões são necessárias para uma vida plena e para a própria
segurança da pessoa, para que ela possa se defender e não se tornar manipulada,
sujeita a chantagens, autoritarismos e opressões.
Se tivermos em mente
uma imagem de “Anjo Azul” para nossos Autistas, sem saber, poderemos estar no
caminho errado para o amadurecimento e desenvolvimento deles.
Sem a perda ao menos
parcial desta ingenuidade, inocência e “pureza”, não é possível a qualquer
pessoa amadurecer e estar preparada para as crueldades e insensibilidades da
vida, e ficará infantilizada e imatura, impedindo-a de se tornar independente ,
autônoma e livre.
Isto, não entanto,
não implica em mudar a Natureza Autística, e/ou a Identidade Autística. Inclusive
por que, ao contrário do que muita gente pensa, estas características de
ingenuidade e inocência não fazem parte da Natureza e Identidade Autísticas. Fazem
parte da Natureza Humana, seja de Autistas ou de neurotípicos em uma
determinada fase da vida, a infância. Após este período, não fazem mais. O que
ocorre, na verdade é que, devido ‘a superproteção estimulada por maus
terapeutas e por artigos científicos e pela cultura e estereótipos infantilizadores do Autismo,
pessoas autistas acabam sendo mantidas infantilizadas por muito mais tempo, ou até pela vida toda,
pois o esterótipo é tão forte e se impregnou na mente das pessoas neurotípicas
de maneira tão marcante, e a crença na incapacidade de superações
/desenvolvimento/amadurecimento autista ficam tão fortes, que simplesmente não
se consegue entender ou mesmo acreditar que uma criança autista seja capaz de
se desenvolver, de amadurecer. Algumas pessoas ficam tão imbuídas desta crença,
que se um autista girar a maçaneta de uma porta e abri-la, eles se surpreendem,
ficam de queixo caído e aplaudem, como se fosse isto um avanço estratosférico,
um milagre, sem perceber que a criança sempre fora capaz o tempo todo.
A intensidade da
influência deste estereótipo é tamanha na cabeça das pessoas, que muitas ficam
com raiva de autistas que se superam, que avançam, que amadurecem e se
desenvolvem e revelam seus potenciais, ao invés de aplaudir e admirar, ao invés
destes autistas servirem como inspiração e esperança para que estas pessoas
consigam o mesmo êxito com seus autistas e lutem nesta direção.
A
E muitas vezes os
sentimentos de frustração, impot~encia e até prostração destas pessoas ao verem
seus autistas ainda infantilizadas são de tal maneira fortes que buscam culpar
o Autismo por tudo de ruim e todo o sofrimento que testemunham em seus
autistas, sendo que, na realidade estes sofrimentos são resultantes ou de
causas médicas que nada tem a ver com o Autismo e que ocorrem ao mesmo tempo,
ou por preconceito e intolerância, ou mesmo inabilidade e desinformação de
outras pessoas para com seus autistas, que causam sofrimento.
Então, não há
sentido algum em buscar culpados pelo Autismo e/ou pelo comportamento
autístico, nem muito menos por uma eventual infantilização até a vida adulta.
Podemos sim, buscar
causas, mas não culpados, inclusive por que muitas causas são inconscientes e
independentes da vontade consciente. Mas nenhuma busca de causa é produtiva nem
justa se tiver o intuito de culpar.
Autismo não é objeto
de culpa, e portanto, culpa não se aplica a ele. Autismo é uma questão de natureza
de ser, de uma experiência inédita de vida com a qual é preciso aprender a
lidar e se conviver. O importante é tomar medidas, doravante, que visem o
desenvolvimento e o amadurecimento do Autista e seu preparo para seu convívio
na sociedade, sem abrir mão de sua Natureza Autística e sua Identidade idem.
Eis que pois, a
figura neutra e assexuada do “Anjo Azul”, com seu infantilismo e despreparo
para a vida fora de casa, não deve se perpetuar. O Autista , é preciso que a
sociedade o veja como um ser humano capaz e com direito a independência,
autonomia e liberdade. Todas as pessoas, sejam autistas ou não-autistas,
precisam mais cedo ou mais tarde se preparar para enfrentar a vida, há um mundo
imenso lá fora , do outro lado da porte de casa da família, inclusive um mundo
de possibilidades, potenciais e vitórias a serem conquistados, mas estas não
caem do céu. Nem tem como serem presenteadas pelos pais para sempre.
Estimular a
autonomia e a independência emocional dos pais é preciso, desde cedo, e quanto
mais cedo melhor, e deve ser administrada aos poucos até sua compleição.
Combater a cultura e
o esterótipo infantilista e patologizante contra o Autismo praticado pela
sociedade em geral e estampado nas redes sociais é urgente e extremamente
necessário. Para tal, devemos acreditar nos potenciais e capacidades dos nossos
Autistas, mesmo que, ao olharmos para eles como eles estão hoje, nas salas de
nossas casas, isto pareça extremamente difícil de acreditar. Mas é salutar e
extremamente importante romper o círculo viciante do pensamento negativista do “ele
não é capaz-ele nunca vai conseguir- eu não sei mais o que fazer- eu estou
desesperado(a)-os outros superam , por que o meu não- a culpa é do Autismo-ele
não é capaz-ele nunca vai conseguir...etc”.
Não pensemos, haja
vista tudo isto, em culpados , ou buscar culpados. Pensemos em soluções.
Pensemos em deixar de ticar acreditando nos artigos científicos e em certos
doutores e vamos acreditar em nossos filhos, em do que eles são capazes. Pensemos
em passar a não mais tratar aos adolescentes e adultos como se fossem crianças
e os estimulemos para a independência emocional deles, pois é ela quem os
levará mais tarde para a independência financeira e autonomia inclusive social.
Deixemos os anjos azuis a brilhar lá nos céus, e vamos levar nossos Autistas a
revelar seu brilho próprio, pois eles não precisam de asas, precisam de
oportunidades apropriadas e que as pessoas acreditem no que são capazes e
invistam e apostem neles. Nos dediquemos a despertar neles a Determinação
adormecida. O verdadeiro Autista que se esconde por trás do míto Anjo Azul é
muito mais bonito do que a imagem idealizada dele, pois um Autista bem
desenvolvido e maduro é um ser humano agora completo, vestido com sua
humanidade e despido de uma falsa divindade que o desumaniza e impede sua
plenitude!
Cristiano Camargo
segunda-feira, 13 de março de 2017
Amo o Autismo, não amo TEA
Ontem
eu iniciei a minha campanha "Eu amo o Autismo, não amo TEA", por que
considero TEA um termo altamente pejorativo, desrespeitoso,
preconceituoso.Qdo se usa TEA no lugar do Autismo, não se está vendo a
pessoa humana autista e sim, apenas um diagnostico ambulante com duas
pernas,desumaniza-se a pessoa humana e a transforma num monstro doente
digno de dó. O que eu conclamo as pessoas a amar não é o diagnóstico.
Quem vai amar um simples pedaço de papel assinado por um doutor?O
Autista é muito mais do que um simples diagnóstico, muito mais que um
simples rótulo, não é um produto consumidor de medicamentos psiquiátrico
com um código de barras na testa, para ser usado, manipulado a
interesses político-financeiros, e ser consumido e ser jogado fora
depois de usado. O Autista é um ser humano, complexo como todo ser
humano, com emoções sentimentos, inteligência, sensibilidade. Eu
conclamo as pessoas não é a amar um diagnóstico, mas a amar uma
Identidade, uma Natureza , amar esta Natureza de Ser, esta Natureza
Autística que torna os autistas pessoas tão especiais.Quem olha para um
autista e só consegue ver nele um diagnóstico,literalmente não sabe o
que está perdendo e não tem idéia de fábula de Ser Humano com que tem o
privilégio de poder conviver, nem tem idéia do quanto com ele pode sobre
a vida aprender...
Cristiano Camargo
Cristiano Camargo
sexta-feira, 10 de março de 2017
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