sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Neurodiversidade aplicada ao Autismo




Súmula:

Muitas e muitas vezes vocês me viram aqui defendendo a Neurodiversidade e  dizendo, com veemência que tal artigo,
tal postagem no Facebook  ,etc, ferem ou mesmo contrariam  as regras da Neurodiversidade. Porém, nunca expliquei o que ela é, e como ela se aplica ao Autismo. E por que ela é basicamente subversiva ao modelo científico tradicional.
Então este será o tema de hoje. Vamos aplicar o conceito da Neurodiversidade ao Autismo e mostrar por que ela é tão importante e por que ela deve ser aplicada pelos pesquisadores nos seus artigos e pesquisas sobre o Autismo.

Das Origens e conceito de Neurodiversidade

Citando o Wikipédia:
Neurodiversidade é uma idéia que afirma que o desenvolvimento neurológico atípico (neurodivergente) é uma diferença humana normal, que deve ser tolerada e respeitada como qualquer outra diferença humana. O conceito de neurodiversidade é abraçado por alguns indivíduos autistas e pessoas com condições conexas, que consideram que o autismo não é uma doença, mas uma parte da sua identidade, de modo que “curar”  as pessoas autistas seria o mesmo que destruir os seus personagens originais.
Já segundo Francisco Ortega, Professor adjunto do Instituto de Medicina Social da UERJ, “...o movimento da neurodiversidade organizado basicamente por autistas chamados de alto funcionamento que consideram que o autismo não é uma doença a ser tratada, mas uma diferença humana, a qual deve ser respeitada como outras diferenças. O movimento da "neurodiversidade" deve ser inserido em um marco sociocultural e histórico mais amplo que incorpore o impacto crescente no imaginário cultural dos saberes e das práticas neurocientíficas com o paradigma do sujeito cerebral e a expansão da neurocultura...”
Ainda de acordo com este pesquisador, em seu artigo científico “ O sujeito cerebral e o movimento da Neurodiversidade” , é desvendada a origem do movimento da Neurodiversidade:
“...O termo neurodiversidade foi cunhado pela socióloga australiana e portadora da síndrome de Asperger Judy Singer, em 1999, em um texto com o sugestivo título de Por que você não pode ser normal uma vez na sua vida? De um "problema sem nome" para a emergência de uma nova categoria de diferença (Singer 1999)...”




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